segunda-feira, 7 de junho de 2010

GUERRA DA SECESSÃO- E.U.A

Guerra da Secessão - é como é conhecida a Guerra Civil ocorrida nos Estados Unidos de 1861 a 1865, entre os Estados do sul e os do norte, motivados pela abolição da escravatura.

A eleição do antiescravagista Abraham Lincoln (veja abaixo) para a presidência da República, em 1860, provocou a secessão dos Estados escravagistas do sul, que criaram em Richmond uma confederação liderada por Jefferson Davis.

A guerra começou quando forças confederadas comandados por Lee (veja abaixo) atacaram o Fort Sumter, um posto militar americano na Carolina do Sul, em 12 de Abril de 1861, e terminaria somente em 28 de junho de 1865, com a rendição das últimas tropas remanescentes da Confederação

Os sulistas venceram em Richmond e Fredericksburg, mas fracassaram em Gettysburg (julho de 1863). Enquanto sua frota, sob as ordens do almirante Farragut, tomou New Orleans (1862) e bloqueou os portos do sul, os nortistas ou federados, comandados por Grant (veja abaixo), penetraram a oeste no vale do Mississípi, apoderando-se de Vicksburg (julho de 1863) e Chattanooga (novembro), separando da confederação os Estados a oeste do Mississípi.

Sherman, após tomar Atlanta, atingiu o Oceano Atlântico em Savannah (dezembro) e venceu Johnstan em Betonville. As tropas de Grant tomaram Petersburg (abril de 1865), forçando Lee, cercado em Appomattox, a capitular em 19 de abril. A guerra deixou cerca de 620 mil mortos nos EUA, na época cerca de 2% da população americana, o mesmo total de mortos norte-americanos nas duas Guerras Mundiais (saiba mais).

Destacamos que Tex participou meio forçadamente da Guerra da Secessão. Na época mais jovem, nosso personagem faz dupla com Dick Furacão e entrou para as fileiras dos nortistas como batedor do exército, por achar que era a causa mais justa. Esse episódio foi contado na aventura Entre Duas Bandeiras, magistralmente escrita por G.L.Bonelli e desenhada por Galep (veja TEX-053, TEX-054, TEX-055 ou TXC-160, TXC-161, TXC-162 e TXC-163).

Uma outra história enfocou esse mesmo tema, retratando uma trágica passagem da guerra, aventura que recebeu no Brasil o título "A Planície da Traição" e que nos revela fatos sobre a batalha do Passo de Glorieta, quando Tex, Dick Furacão e um tenente sulista se juntam para salvar centenas de vidas (veja ATX-002).

LINCOLN, Abraham - nasceu perto de Hodgenville, no Kentucky, em 1809. Político influente norte-americano, era advogado e membro do Partido Liberal Conservador (Whig) e admirador de Jacson. Foi deputado de 1846 a 1848 e, a partir de 1854, aderiu ao novo Partido Republicano e juntou-se a uma campanha antiescravagista de grande repercussão. Sua eleição para a presidência dos EUA (1860) provocou a secessão dos dez Estados do sul e, em seguida, a guerra civil, que terminou somente em 28 de junho de 1865, com a derrota dos sulistas. Ironia do destino: cinco dias mais tarde, Lincoln, que havia sido reeleito, foi assassinado. Esse episódio mereceu especial atenção de Nizzi, que em parceria com José Ortiz, nos apresentou a aventura "Os Homens que Mataram Lincoln", uma história que vem à tona muitos anos depois do assassínio de Lincoln e que vem parar por acaso nas mãos de Tex e de Carson, os únicos que podem impedir que documentos explosivos caiam em mãos erradas (veja TEX-363, TEX-364 e TEX-365).

General GrantGRANT, Ulisses Simpson - nasceu em 1822, em Point Plesant, no Ohio e foi o general que chefiou os exércitos nortistas no início da Guerra da Secessão. Derrotou os confederados sulistas em Belmont e apoderou-se dos fortes Donelson e Henry (1862). Em 1863 ocupou Vicksburg e o vale do Mississípi. Comandante do exército nortista, depois da guerra foi nomeado general do Exército dos EUA (1868) e Secretário da Guerra. Nesse mesmo ano foi eleito presidente dos EUA, apoiado pelos republicanos radicais, reelegendo-se em 1872. Sua presidência foi marcada pelo fortalecimento do capitalismo industrial e pela resistência sulista contra as transformações ocorridas depois da guerra: foi nesse período que a Ku-klux-klan começou a agir contra os carpet-baggers e contra a introdução do "sistema dos espólios". Grant faleceu em Mount MacGregor, próximo de Saratoga, Nova Iorque, em 1885.

Socialismo X Anarquismo


Se somos todos iguais, por que temos de ter apenas um grupo no poder e controle de uma grande maioria? (Quem quer governar quer poder).
A única maneira de se atingir uma verdadeira igualdade social seria ?planificando? a economia, os direitos políticos e civis. Se somos todos iguais, por que temos de ter apenas um grupo de idiotas no poder e controle de uma grande maioria? (Quem quer governar quer poder). A vontade do anarquista é que todo o conhecimento e entendimento chegassem a toda população. Se algum hipócrita socialista quer acabar com os anarquistas é porque ele sabe que são eles quem enxergam sua ganância. Um Estado pode ser socialista ou comunista ao mesmo tempo em que se tivesse uma anarquia (isso pode ser algo possível apenas em uma sociedade de perfeita distribuição econômica e intelectual). No fundo o que esses assassinos de anarquistas querem é se envaidecer com algum cargo, estarem por cima da carne seca.
Falar que nem todos estão preparados para o conhecimento é apenas uma desculpa para se proteger essa pirâmide de cargos. O poder está em qualquer lugar ou coisa que envaidece o ser humano (lembrando que o CAPITALISMO é o maior representante dessas vaidades). Querer condenar os anarquistas por seus ideais é uma fraqueza na própria propaganda de algum dito comunista ou socialista. No mínimo, o que se pode recomendar a essas pessoas é uma boa leitura e um sério estudo (são quase que religiosos. Matam pra impor seus desejos). Essa vontade que querer ?liderar? não passa de uma vaidade de querer se destacar das massas (isso tem algo de capitalista. Em um mundo comunista isso também poderia desencadear formas de preconceitos. Ser um Cristo ou salvador).
Eu como Anarquista sei que o mundo não vai pular do capitalismo para o anarquismo. Antes teremos de passar por essas formas. Dar ouvidos a idiotas Fanáticos que se acham os donos da razão por falta de entendimento do que seja o sentimento anárquico é sabotar nossos próprios projetos.
Se você que se diz Socialista ou comunista e está condenando o anarquismo, deveria antes usar o pouco da inteligência que diz tanto ter (que eu sei que tem) e correr atrás do significado do sentimento anárquico. Mata-lo seria eliminar a diferença de potencial entre o capitalismo e o anarquismo. Quem saberia me dizer quem está no meio dessas diferenças?

Unificação da Itália e Alemanha


As unificações italiana e alemã alteraram profundamente o quadro político da Europa no século XIX, rearticulando um equilíbrio de forças que resultaria na I Guerra Mundial (1914­ - 1918). Na base desses processos estavam os movimentos liberais, acentuadamente nacionalistas nestes países. No mesmo contexto, de consolidação dos Estados Nacionais, insere-se a Guerra de Secessão nos EUA.

Unificação da Italiana

Com as transformações econômicas e sociais que atingiram a Europa no século XIX, o norte da Península Itálica se desenvolveu. A industrialização impulsionou o comércio e as cidades explodiram. Criou-se uma infra-estrutura ferroviária.

A alta burguesia queria a unificação, que garantiria o progresso e lhe daria possibilidades de concorrer no mercado externo. Para ela, a unificação tinha significado apenas liberal; o nacionalismo não passou de instrumento. Seus objetivos se resumiam no movimento chamado Risorgimento.

A média burguesia, aliada ao proletariado urbano, desejava um Estado que adotasse medi­das econômicas e sociais de tendência democrática. Preferia uma unificação em termos republica­nos, enquanto a alta burguesia queria unificar o mais fácil e rápido possível, em torno do reino mais forte da Itália: Piemonte-Sardenha.

Unificação Alemã

O poder dos junkers se mantinha na manutenção do exército mercenário e na aquisição de terras extorquidas dos camponeses. Entre os germânicos ocorria a concentração de mão-de-obra nos centros urbanos, resultado da exclusão rural. O desemprego e as más condições de vida em virtude dessa situação provocaram diversas revoltas na população.

As atividades industriais desenvolvidas nas regiões da Renânia, Westfália, Silésia e Saxônia esbarravam na diversidade alfandegária dos diferentes reinos, dificultando o desenvolvimento capitalista. Para eliminar este problema, fundou-se a Associação Geral para o Comércio e Indústria, e, depois, sob a liderança da Prússia, deu início à união alfandegária – o Zollverein.

Através desse acordo, foi feita uma liga aduaneira que acabou com os impostos alfandegários entre os vários Estados germânicos com a exclusão da Áustria. Essa medida teve como resultado, a livre circulação de mercadorias, favorecendo assim, o comércio entre os vários Estados e aumentando o desenvolvimento industrial.

Politicamente, diferentes ideologias se firmaram em projetos distintos: Os grandes industriais queriam reformas garantidas por uma constituição; A pequena burguesia queria a democracia, defendia a federação e não o centralismo unitário. As lideranças urbanas e o operariado se baseavam nas idéias socialistas.

Diante do clima propício às agitações sociais, a nobreza buscou o apoio da burguesia para conter as classes sublevadas. A burguesia, por sua vez, criou reformas constitucionais que atendessem às suas aspirações. O rei da Prússia, Guilherme I, apoiado na força dos junkers, deu a presidência do Parlamento a Otto von Bismarck.

Tendo à frente o chanceler Otto von Bismark, todos os Estados germânicos unificaram-se sob a liderança da Prússia, tendo Guilherme I como rei. Para tanto, foram necessárias três guerras: contra a Dinamarca, contra a Áustria e contra a França. Vinte anos depois, a Alemanha já era a principal potência industrial da Europa.


sábado, 5 de junho de 2010

América Espanhola


A Espanha era uma metrópole mercantilista, isto quer dizer que, as colônias só serviam para serem exploradas. A colonização só teria sentido se as colônias pudessem fornecer produtos lucrativos. Desta forma a maioria das colônias espanholas (e também portuguesas) foram colônias de exploração, que dependiam das regras impostas pela metrópole.

O fator mais importante pela colonização espanhola foi a mineração. A base da economia espanhola eram as riquezas que provinham , especialmente da Bolívia, a prata e também o ouro de outras colônias. Foi esta atividade, a mineração, a responsável pelo crescimento de outras que eram ligadas, como, a agricultura e a criação de gado necessários para o consumo de quem trabalhava nas minas.

Quando a mineração decaiu, a pecuária e a agricultura, passaram a ser as atividades básicas da América Espanhola.

Em alguns lugares como Cuba, Haiti, Jamaica e outras ilhas do Caribe, houve exploração do trabalho escravo negro, porém, de modo geral o sistema de produção na América Espanhola se baseou na exploração do trabalho indígena.

Os indígenas eram arrancados de suas comunidades e forçados ao trabalho temporário nas minas, pelo qual recebiam um salário miserável. Como eram mal alimentados e tratados com violência a maioria dos indígenas morria muito rápido.

A grande maioria da população das colônias era composta pelos índios. A população negra escrava, era pequena, e, foi usada como mão de obra , principalmente nas Antilhas.

Quem realmente mandava e explorava a população nativa eram os espanhóis, brancos, que eram a minoria mas, eram os dominadores.

Assim podemos dividir a sociedade entre brancos ( dominadores ) e não-brancos ( dominados ).

Mesmo entre a população branca havia divisões como :

Chapetones - colonos brancos nascidos na Espanha, eram privilegiados.

Criollos - brancos nascidos na América e descendentes dos espanhóis. Eram ricos, proprietários de terras mas, não tinham os mesmos privilégios dos Chapetones.

Além disso, a mistura entre brancos e índios criou uma camada de mestiços.

Os primeiros conquistadores, foram também os primeiros administradores. Eles recebiam da Coroa espanhola o direito de governar a terra que tivessem descoberto.

Com o crescimento das riquezas, como o ouro e prata descobertos, a Coroa espanhola foi diminuindo o poder desses primeiros administradores e passou, ela própria a administrar.

Dessa forma, passou a monopolizar o comércio e criou órgãos para elaborar leis e controlar as colônias.

Só é possível compreender como as colônias espanholas na América conseguiram se libertar, se voltarmos atrás e recordarmos o Iluminismo.

No inicio do século 19, a Espanha ainda dominava a maior parte de suas colônias americanas, mas, da França chegavam novas idéias. Era a época das Luzes ! Os ares eram de liberdade, os filósofos do Iluminismo pregavam que a liberdade do Homem estava acima de qualquer coisa. Não aceitavam que os reis pudessem usar sua autoridade acima de tudo. Afinal, os iluministas valorizavam a Razão, dizendo que o Homem era dono de seu próprio destino e devia pensar por conta própria.

Publicações feitas na França e na Inglaterra contendo essas idéias estavam chegando às colônias escondidas das autoridades. Idéias de liberdade também vinham através de pessoas cultas que viajavam e fora, descobriam um pouco mais da filosofia iluminista. Mas, quem eram essas pessoas cultas ?

Quando nós vimos a Sociedade Colonial Espanhola, estudamos os CRIOLLOS. Eles eram brancos, nascidos na América, que tinham propriedades rurais, podiam ser também comerciantes ou arrendatários das minas. Eles tinham dinheiro mas não tinham acesso aos cargos mais altos porque esses cargos só podiam ser dos CHAPETONES. Então, os Criollos usaram o dinheiro para estudar. Muitos iam para as universidades americanas ou européias e, assim tomavam conhecimento das idéias de liberdade que corriam mundo com o Iluminismo.

Os Criollos, exploravam o trabalho dos mestiços e dos negros e eram donos da maior parte dos meios de produção e estavam se tornando um grande perigo para a Espanha. Por isso, a Coroa espanhola decidiu criar novas leis :

·os impostos foram aumentados

·o pacto colonial ficou mais severo

( o pacto colonial era o acordo pelo qual as atividades mercantis da colônia eram de domínio exclusivo de sua metrópole )

·as restrições às indústrias e aos produtos agrícolas coloniais concorrentes dos metropolitanos se agravaram.

(assim, as colônias não podiam desenvolver seu comércio com liberdade )

Os Criollos tinham o exemplo dos EUA que haviam se libertado da Inglaterra. E, a própria Inglaterra estava interessada em ajudar as colônias espanholas porque, estava em plena Revolução Industrial. Isto quer dizer que, precisava de encontrar quem comprasse a produção de suas fábricas e, também de encontrar quem lhe vendesse matéria prima para trabalhar. Assim, as colônias espanholas receberam ajuda inglesa contra a Espanha.

Quando aconteceu a Revolução Francesa, os franceses, que sempre tinham sido inimigos dos ingleses, viram subir ao poder Napoleão Bonaparte. Foi quando a briga entre França e Inglaterra aumentou. Por causa do Bloqueio Continental, imposto pela França, a Inglaterra não podia mais fazer comércio com a Europa continental (com o continente).

Por causa disso, a Inglaterra precisava mais do que nunca de novos mercados para fazer comércio, portanto ajudou como pôde as colônias espanholas a se tornarem independentes.

A França também ajudou, porque Napoleão Bonaparte com seus exércitos, invadiu a Espanha e colocou como rei na Espanha, seu irmão. Portanto, automaticamente, sendo dependente de França, a Espanha passou a ser inimiga também da Inglaterra. Isso foi o motivo que a Inglaterra queria para colocar seus navios no Oceano Atlântico e impedir que a Espanha fizesse contato com suas colônias espanholas.

Os Criollos então, se aproveitaram da situação e depuseram os governantes das colônias e passaram a governar, estabelecendo de imediato a liberdade de comércio.

Mesmo depois que o rei espanhol voltou ao poder, a luta pela independência continuou e a Inglaterra seguiu ajudando, porque sem liberdade não haveria comércio.

Assim nós podemos ver, que talvez por causa da maneira como foi dominada e explorada, a América Espanhola teve muitas dificuldades de se tornar independente. A interferência da Inglaterra e até mesmo da França foram fundamentais, embora fosse por interesse próprio.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Simón Bolívar e Independência

Dentre esses líderes, o que mais merece o título de "Libertador" talvez seja Simón Bolívar, que lutou para vários territórios do continente americano deixarem de ser colônias da Espanha e se tornarem independentes. Esses territórios deram origem à Venezuela, à Colômbia, ao Equador, ao Peru e à Bolívia. Não bastasse tudo isso, Bolívar reunia qualidades que o tornavam mais admirável que as figuras-chave dos processos de independência de outros países do continente americano. Por exemplo, enquanto George Washington, um dos líderes da independência norte-americana, era um rico fazendeiro dono de escravos, Bolívar, por sua vez, defendia a abolição da escravidão e chegou a libertar escravos na Venezuela. Apesar de Bolívar pertencer à elite criolla da qual faziam parte fazendeiros, donos de minas e comerciantes, ele divergia da opinião da maioria dos membros dessa elite em pontos importantes: era favorável ao fim da escravidão e considerava a América espanhola uma "nação mestiça", não uma extensão da Europa. Bolívar não ganhou admiradores apenas nos países que ajudou a tornar independentes, mas também em outras nações do continente, dentre as quais, o próprio Brasil. Só por isso já valeria a pena conhecer mais a respeito dessa figura histórica. Simón Bolívar nasceu em Caracas, atual capital da Venezuela, em 1783, coincidentemente, o mesmo ano em que a Inglaterra reconheceu a independência dos Estados Unidos. Sua família era rica. A fortuna da família vinha do ouro encontrado no rio Aroa e das minas de prata da Venezuela. Ficou órfão de pai antes de completar três anos de idade. Aos nove, ficou órfão de mãe. Após a morte da mãe, foi entregue aos cuidados do tio. No entanto, quem realmente cuidou do menino foi uma negra chamada Hipólita, que se tornou uma espécie de "segunda mãe" para Bolívar. Outras figuras importantes foram dois de seus professores particulares, Simón Rodrigues e Andrés Bello, que incentivaram seu gosto pelo conhecimento e pelas ideias de liberdade. Aos 14 anos, Bolívar ingressou numa escola militar. Dois anos depois, viajou para a Europa com o objetivo de completar seus estudos. Lá, Bolívar entrou em contato com as obras dos autores iluministas que influenciaram tanto a Revolução Francesa quanto a Norte Americana. Na capital espanhola, Madri, Bolívar conheceu Maria Teresa, com quem se casou. Menos de um ano depois voltou à Venezuela, então uma colônia espanhola, cujo nome oficial era Capitania-Geral da Venezuela. Ali, a jovem esposa morreu vitimada pela febre amarela. Viúvo, Bolívar retornou à Europa, onde assistiu à coroação de Napoleão Bonaparte. Simón Bolívar não teve filhos, apenas um sobrinho, Guillermo, que morreu lutando ao lado do tio numa batalha em 1817, e uma sobrinha, Benigna, ambos filhos de sua irmã, Juana. Portanto, Simón Bolívar não deixou descendentes diretos (filhos, netos...), apenas indiretos (sobrinhos, sobrinhos-netos...). Quando Napoleão Bonaparte ordenou que o exército francês ocupasse a Espanha, acabou criando condições favoráveis para o surgimento dos movimentos de independência: o rei espanhol, Fernando 7º, foi destituído, surgiram na América juntas governativas que inicialmente se declararam fiéis ao rei destituído, mas logo as elites criollas perceberam que o domínio espanhol estava fragilizado e viram na situação uma oportunidade para romperem com a Espanha. Depois de passar pela Europa, Bolívar viajou para os Estados Unidos, experiência que o marcou bastante. Ao visitar os Estados Unidos, uma república federalista e independente, surgida a partir de ex-colônias da Inglaterra, Bolívar fortaleceu seus ideais republicanos e sua vontade de lutar pela independência das colônias espanholas. Ao voltar para a Venezuela, organizou um exército e iniciou sua luta contra a Espanha. A fortuna da família foi usada para financiar as guerras de independência que travaria. Sua determinação, estratégia militar e liderança permitiram que obtivesse uma série de vitórias militares. Assim, Bolívar se tornou o líder da libertação da Grã-Colômbia, que reunia as antigas colônias espanholas do Vice-Reino da Nova Granada e da Capitania-Geral da Venezuela. Durante a guerra, Bolívar pediu a ajuda do presidente haitiano Alejandro Pétion. Pétion forneceu soldados a Bolívar com a condição de que a escravidão fosse abolida na Venezuela. Apesar das objeções da elite criolla venezuelana, da qual faziam parte vários donos de escravos, Bolívar cumpriu sua parte no acordo. A independência da Grã-Colômbia foi proclamada em 1819, após uma longa campanha que reuniu cerca de 2.500 homens em marcha pela cordilheira dos Andes. Bolívar foi aclamado presidente da recém-proclamada república.