segunda-feira, 7 de junho de 2010

Unificação da Itália e Alemanha


As unificações italiana e alemã alteraram profundamente o quadro político da Europa no século XIX, rearticulando um equilíbrio de forças que resultaria na I Guerra Mundial (1914­ - 1918). Na base desses processos estavam os movimentos liberais, acentuadamente nacionalistas nestes países. No mesmo contexto, de consolidação dos Estados Nacionais, insere-se a Guerra de Secessão nos EUA.

Unificação da Italiana

Com as transformações econômicas e sociais que atingiram a Europa no século XIX, o norte da Península Itálica se desenvolveu. A industrialização impulsionou o comércio e as cidades explodiram. Criou-se uma infra-estrutura ferroviária.

A alta burguesia queria a unificação, que garantiria o progresso e lhe daria possibilidades de concorrer no mercado externo. Para ela, a unificação tinha significado apenas liberal; o nacionalismo não passou de instrumento. Seus objetivos se resumiam no movimento chamado Risorgimento.

A média burguesia, aliada ao proletariado urbano, desejava um Estado que adotasse medi­das econômicas e sociais de tendência democrática. Preferia uma unificação em termos republica­nos, enquanto a alta burguesia queria unificar o mais fácil e rápido possível, em torno do reino mais forte da Itália: Piemonte-Sardenha.

Unificação Alemã

O poder dos junkers se mantinha na manutenção do exército mercenário e na aquisição de terras extorquidas dos camponeses. Entre os germânicos ocorria a concentração de mão-de-obra nos centros urbanos, resultado da exclusão rural. O desemprego e as más condições de vida em virtude dessa situação provocaram diversas revoltas na população.

As atividades industriais desenvolvidas nas regiões da Renânia, Westfália, Silésia e Saxônia esbarravam na diversidade alfandegária dos diferentes reinos, dificultando o desenvolvimento capitalista. Para eliminar este problema, fundou-se a Associação Geral para o Comércio e Indústria, e, depois, sob a liderança da Prússia, deu início à união alfandegária – o Zollverein.

Através desse acordo, foi feita uma liga aduaneira que acabou com os impostos alfandegários entre os vários Estados germânicos com a exclusão da Áustria. Essa medida teve como resultado, a livre circulação de mercadorias, favorecendo assim, o comércio entre os vários Estados e aumentando o desenvolvimento industrial.

Politicamente, diferentes ideologias se firmaram em projetos distintos: Os grandes industriais queriam reformas garantidas por uma constituição; A pequena burguesia queria a democracia, defendia a federação e não o centralismo unitário. As lideranças urbanas e o operariado se baseavam nas idéias socialistas.

Diante do clima propício às agitações sociais, a nobreza buscou o apoio da burguesia para conter as classes sublevadas. A burguesia, por sua vez, criou reformas constitucionais que atendessem às suas aspirações. O rei da Prússia, Guilherme I, apoiado na força dos junkers, deu a presidência do Parlamento a Otto von Bismarck.

Tendo à frente o chanceler Otto von Bismark, todos os Estados germânicos unificaram-se sob a liderança da Prússia, tendo Guilherme I como rei. Para tanto, foram necessárias três guerras: contra a Dinamarca, contra a Áustria e contra a França. Vinte anos depois, a Alemanha já era a principal potência industrial da Europa.


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